FALANDO DE POLÍTICA
O
povo brasileiro se envolve em muitos assuntos, porém os dois que mais se
destacam são futebol e política. Cada brasileiro é um técnico de futebol ou um
analista político e eu me incluo nos dois. Como o futebol nesta época do ano
fica em baixa, devido à paralisação dos campeonatos e como a política, em todo
o tempo continua em alta, o assunto hoje é ela. Quase todo o povo brasileiro sabe
que há poucos dias, outubro de 2014, aconteceu o pleito eleitoral,quando foram eleitos,
Presidente da República, Deputados Federal e
Estadual e Senadores. Os que venceram já foram empossados, os que perderam como
sempre, ficam na expectativa dos que ganharam olharem para eles.
Como disse anteriormente, a
política permanece viva o ano inteiro, tanto nos grandes centros quanto nos
interiores. Nos lugares mais longínquos, deste país, neste momento tem alguém
falando de política e aqui na nossa região, não é diferente.
Na cidade de
Campos dos Goitacazes, por exemplo, terra do ex governador e deputado federal,
Garotinho, a situação política ficou muito complicada para o grupo da situação
comandado pelo mesmo, devido à sua derrota para o governo do Estado. E o pior de tudo para o grupo do PR, é que para a próxima
eleição de prefeito, Garotinho não
poderá lançar nenhum candidato da família, pois a Lei não permite, devido ao
fato de já terem atingido o número de parentes como gestores no município e no
Estado do Rio. Acontece que mesmo derrotado, não se pode negar a força política
de Garotinho e família, não só em Campos, como em toda a região. É claro que
transferir votos é muito difícil, porém se a prefeita Rosinha, nestes dois anos
que faltam para governar, continuar fazendo um grande trabalho e indicar um
candidato que caia na simpatia do povo, dar até para continuar, pois no grupo
tem vários elementos aptos a disputar uma eleição. Eu arriscaria em citar
alguns nomes, como o de Geraldo Pudim, professor Suledil Bernardino, professora
Auxiliadora Freitas, Mauro Silva e até o Deputado Federal Paulo Feijó. Quem
será o indicado?
Com a vitória do governador Pesão, a
coisa ficou mais favorável para o grupo da oposição campista, pois ele foi
apoiado por muitos políticos e uma grande parte da população, opositores a
Garotinho. É claro que na hora de um apoio político, o governador apoiará o
grupo que o ajudou a vencer a eleição e na hora de uma escolha, para candidato
a prefeito, cada partido puxa a brasa para a sua sardinha, mas hoje, não sei
amanhã, os nomes mais prováveis a disputar uma eleição, no município de Campos
dos Goitacazes, seria o do médico Dr. Arnaldo França Vianna e do Deputado João
Peixoto, este último, muito ligado ao governador.
No município de São João da
Barra, a coisa está mais calma, por enquanto. A oposição ainda não se manifestou, mas com a vitória de Bruno
Dauire, para deputado estadual, nas últimas eleições, com certeza o principal
nome, será o do seu pai, Betinho Dauaire. Enquanto isso, a situação deve
continuar apoiando a candidatura do atual prefeito Neco.
Em São Francisco de Itabapoana, a
oposição, ainda está tímida e sufocada, por não ter um nome definido a ser indicado,
para o pleito. Muito sem sal e talvez por questões pessoais, somente um
determinado blog da cidade, cita o nome do deputado estadual João Peixoto, como
provável candidato a prefeito, nas eleições de 2016. É claro que a este, se
juntam alguns nomes de políticos, opositores ao atual prefeito Pedrinho Cherene.
Porém são suposições, comentários, nas conversas de esquinas, a respeito dessa
indicação, porém, de concreto, nada existe. Acontece que,
a população em si, ainda não ouviu da boca do deputado João Peixoto a intenção
de participar das eleições de 2016. Seria eu, um hipócrita, em não querer reconhecer a
carreira vitoriosa de João Peixoto, na política do Estado do Rio de Janeiro.
Afinal de contas, poucos conseguirão chegar aonde ele chegou, se reelegendo
deputado por cinco mandatos. Sinceramente, na minha humilde opinião, eu não
acredito que o deputado João Peixoto, interromperia esta brilhante fase da sua
vida política, arriscando uma candidatura a prefeito, só para atender aos
anseios de uns poucos adversários do atual governo ou para atender ao ego da
vaidade. O deputado, como um político inteligente, sabe que não se pode
menosprezar o poderio da máquina administrativa. Voltando a um passado bem
próximo, às eleições de 2012, quando o então vice prefeito, Frederico Barbosa
Lemos, assumiu a prefeitura, no lugar de Beto Azevedo, que saiu por motivos que
todos sabem, ele pegou um poder público falido, quebrado, endividado, sem
crédito em todos os sentidos, com o mandato cassado e sem contar com as
trapalhadas de alguns cabos eleitorais, assim mesmo, conseguiu fazer mais de
doze mil votos e eleger seis dos treze vereadores. Observem que eu falei uma
máquina falida.
Em janeiro de 2013, Pedrinho
Cherene e Amaro Barros, eleitos nas eleições de 2012, assumem uma prefeitura,
falida como já falei, com o único hospital do município, (HMMC), fechado por
falta de médicos e atendentes, por estarem com três meses de salários
atrasados, faltando remédios, tanto no hospital quanto nos postos de saúde, uma
enorme dívida com a AMPLA e com o INSS, salários de funcionários atrasados, sem
contar com as dividas aos fornecedores.
Demonstrando muita firmeza nas
suas decisões, como primeiro ato, chamou os treze vereadores para perto,
conversando particularmente com cada um, falando do seu plano de governo e
recebeu de todos um voto de confiança, fazendo o Vereador do seu partido o PSC,
Claudinho Viana, Presidente da Câmara dos vereadores. Chamou os fornecedores, a
quem a prefeitura devia, fez um acerto, parcelando as dividas e vem pagando a
todos. Com um ano de governo, já se sentia a olhos nus, que o Poder Público,
não era mais o mesmo, existindo no ar, um voto de credibilidade, com os
pagamentos dos funcionários, pagos dentro do mês, fornecedores recebendo em dia
e muitas obras espalhadas pelo município, com recursos próprios. Eu citaria
como exemplos duas delas: A galeria para receber as águas pluviais no centro da
cidade, que antes, quando acontecia uma chuva mais forte, deixava os
comerciantes e moradores daquela área em polvorosa e a reforma total da Unidade
de Saúde de Barra do Itabapoana. Sem contar com a compra de cinco ambulâncias,
também com recursos próprios. Outro fator importante na administração de Pedrinho
Cherene foi o de ter as suas contas aprovadas, por unanimidade, pelo Tribunal de Contas do
Estado do Rio. Vem o segundo ano de gestão, o ritmo do
governo, agora mais acelerado, se volta para as obras, que foram iniciadas, na gestão passada, com
as verbas federais e estaduais e paralisadas, por falta de administração. Pedrinho Cherene, saiu do seu gabinete e passou a fazer
caminho fundo, tanto para o Rio de Janeiro, para falar com o governador, como
para Brasília, à procura dos deputados federais, afim de recuperar os recursos
que estavam praticamente perdidos. Demonstrando uma grande habilidade política,
o prefeito conseguiu a confiança de alguns deputados, até mesmo, daqueles
poucos conhecidos da nossa classe política. Retomou então as obras da Escola Modelo,
(já em funcionamento), da Rodoviária, do Centro Cultural e outras. Conseguiu
juntamente ao governo do estado, a construção da Clínica Saúde da família. Com
as verbas federais, iniciou a construção
de três grandes Postos de Saúde (Bom Lugar, Gargaú, Floresta e Imburi). O Posto
de Imburi, foi uma reforma, porém seguindo o mesmo padrão dos outros três. Se
fosse citar aqui, o que já foi feito, o que está sendo construído, o que está
por construir e os projetos que estão sendo licitados, ficava aqui a noite
inteira escrevendo e não terminava. E se preparem, em sua prestação de contas,
do ano de 2014, o prefeito Pedrinho Cherene disse que em 2015, ele quer fazer
muito mais do que fora feito nos dois anos que se passaram. Isto é só para
lembrar aos menos informados, ou àqueles que estão vendo as coisas acontecerem
positivamente e por teimosia, ou vaidade e ou por não quererem dar o braço a
torcer, que o poder da máquina administrativa é muito forte. Como o brasileiro
é muito teimoso e vaidoso, depois de tudo isto que falei, deve aparecer alguém
para disputar uma eleição com o atual prefeito de São Francisco de Itabapoana.
E que apareça, vivemos em um país democrático, onde todos têm o direito de
escolha.
Acho uma falha muito grande na
Legislação Brasileira. Para mim, o candidato que já exerce um cargo público
(Senador, Deputado Estadual ou Deputado Federal, que saísse para disputar outro
cargo, caso perdesse a eleição, não teria o direito de voltar ao
anterior. Será que alguém arriscaria?
Escrito por Jorge Lúcio Ferreira (Ponto de Prosa)
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