Ainda
não consegui entender, a preocupação de muitos políticos, neste momento de
campanha eleitoral quando falam tanto de uma tal máquina. É máquina prá lá é
máquina prá cá. Outros ainda alertam: tem que se tomar cuidado porque fulano
está com a máquina nas mãos. Porque sicrano está no poder e vai usar a máquina
na campanha. Estou ouvindo isto, muito
antes do inicio da campanha política. Ouvi até alguns, que se dizem mais
entendidos em políticas falando que se um determinado grupo pegasse a máquina,
faria um grande barulho no município a ponto de poder até ganhar as eleições. Quem
entende um negócio desses? A máquina a que eles se referem pode ser a nacional,
a estadual ou a municipal. Quando a eleição é para Presidente da República,
Deputados Federais e Senadores usam a máquina nacional. Quando é para
governadores e dep. Estaduais, exploram a máquina estadual e quando é para prefeito e vereadores, a
municipal. Continuo sem entender nada. Como a eleição é da esfera municipal,
falarei de alguns acontecimentos que serviram para esclarecer algumas dúvidas.
Comecei então a observar, com bastante atenção de como a máquina poderia ser
usada para facilitar a eleição dos políticos que estão no poder. Não precisei
ir muito longe, simples acontecimentos esclareceram as minhas dúvidas. Certo
dia, quando passava em frente ao Cartório do 1º Ofício, percebi uma grande
movimentação de vários caminhões da prefeitura e uma retro-escavadeira, tirando
o barro de um terreno particular e enchendo os caminhões. Senti que havia
alguma coisa errada, mas segui em frente. Ao voltar vi outro tipo de
movimentação, era a Polícia Federal com os fiscais do TER, lacrando a máquina e
só um caminhão que estava sendo carregado. Como em São Francisco tem muitas
pessoas entendidas nestes assuntos, procurei informação com uma delas. Perguntei
o que houve? Ela me respondeu que maquinário
da prefeitura não pode fazer serviços em área particular, principalmente em
período eleitoral. Como eu continuei sem entender nada, fiz-lhe outra pergunta:
O que tem isso? A resposta veio em seguida. É o seguinte senhor Jorge: quando se faz um trabalho deste tipo, o dono
do terreno já assume um compromisso de dar o seu voto e aqueles, para onde o
barro será encaminhado, também já está comprometido, não estou afirmando que o
que aconteceu aqui é um desses casos, despedi-me da pessoa e fui embora. Aí
comecei a falar com os meus botões, é por isso que o carro daquele cara está
com o adesivo daquele candidato a vereador. Ele ganhou mais de um caminhão de
barro. Algum dali e outros não. Poucos dias se passaram e outra notícia toma
conta das primeiras páginas dos Jornais, dos blogs e das estações de Rádio: Fiscais do TRE-RJ apreendem unidade móvel
da Saúde e carro particular em Amontado, zona rural de SFI.
Justiça Eleitoral investiga a utilização da máquina pública para benefício eleitoral.
Justiça Eleitoral investiga a utilização da máquina pública para benefício eleitoral.
Além destes, ouvimos outros absurdos,
que não postaremos, pois sabemos que existem, mas impossíveis de provarmos. São
brechas deixadas pelas leis. Sou contra a permanecerem no poder, políticos que
se candidatam a algum cargo eletivo. Teriam que se ausentarem e assumirem os
seus suplentes. Primeiro que é uma desigualdade para aqueles que concorrem a um
pleito eleitoral e estão fora do poder.
Caros leitores desculpem a minha
ignorância, mas demorei a descobrir que a MÁQUINA (PODER PÚBLICO) faz a
diferença em uma eleição.
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