domingo, 19 de agosto de 2012

“COISAS QUE NÃO ENTENDO” A MÁQUINA (PODER PÚBLICO”


 


            



              Ainda não consegui entender, a preocupação de muitos políticos, neste momento de campanha eleitoral quando falam tanto de uma tal máquina. É máquina prá lá  é máquina prá cá. Outros ainda alertam: tem que se tomar cuidado porque fulano está com a máquina nas mãos. Porque sicrano está no poder e vai usar a máquina na campanha. Estou ouvindo isto, muito antes do inicio da campanha política. Ouvi até alguns, que se dizem mais entendidos em políticas falando que se um determinado grupo pegasse a máquina, faria um grande barulho no município a ponto de poder até ganhar as eleições. Quem entende um negócio desses? A máquina a que eles se referem pode ser a nacional, a estadual ou a municipal. Quando a eleição é para Presidente da República, Deputados Federais e Senadores usam a máquina nacional. Quando é para governadores e dep. Estaduais, exploram a máquina estadual  e quando é para prefeito e vereadores, a municipal. Continuo sem entender nada. Como a eleição é da esfera municipal, falarei de alguns acontecimentos que serviram para esclarecer algumas dúvidas. Comecei então a observar, com bastante atenção de como a máquina poderia ser usada para facilitar a eleição dos políticos que estão no poder. Não precisei ir muito longe, simples acontecimentos esclareceram as minhas dúvidas. Certo dia, quando passava em frente ao Cartório do 1º Ofício, percebi uma grande movimentação de vários caminhões da prefeitura e uma retro-escavadeira, tirando o barro de um terreno particular e enchendo os caminhões. Senti que havia alguma coisa errada, mas segui em frente. Ao voltar vi outro tipo de movimentação, era a Polícia Federal com os fiscais do TER, lacrando a máquina e só um caminhão que estava sendo carregado. Como em São Francisco tem muitas pessoas entendidas nestes assuntos, procurei informação com uma delas. Perguntei o que houve? Ela me respondeu que   maquinário da prefeitura não pode fazer serviços em área particular, principalmente em período eleitoral. Como eu continuei sem entender nada, fiz-lhe outra pergunta: O que tem isso? A resposta veio em seguida. É o seguinte senhor Jorge:  quando se faz um trabalho deste tipo, o dono do terreno já assume um compromisso de dar o seu voto e aqueles, para onde o barro será encaminhado, também já está comprometido, não estou afirmando que o que aconteceu aqui é um desses casos, despedi-me da pessoa e fui embora. Aí comecei a falar com os meus botões, é por isso que o carro daquele cara está com o adesivo daquele candidato a vereador. Ele ganhou mais de um caminhão de barro. Algum dali e outros não. Poucos dias se passaram e outra notícia toma conta das primeiras páginas dos Jornais, dos blogs e das estações de Rádio: Fiscais do TRE-RJ apreendem unidade móvel da Saúde e carro particular em Amontado, zona rural de SFI.
Justiça Eleitoral  investiga a utilização da máquina pública para benefício eleitoral.
        









            Além destes, ouvimos outros absurdos, que não postaremos, pois sabemos que existem, mas impossíveis de provarmos. São brechas deixadas pelas leis. Sou contra a permanecerem no poder, políticos que se candidatam a algum cargo eletivo. Teriam que se ausentarem e assumirem os seus suplentes. Primeiro que é uma desigualdade para aqueles que concorrem a um pleito eleitoral e estão fora do poder.
Caros leitores desculpem a minha ignorância, mas demorei a descobrir que a MÁQUINA (PODER PÚBLICO) faz a diferença em uma eleição.             

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