terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

ASTERÓIDE, METEORO OU METEORITO: COMO ENTENDER O QUE SE PASSA NO CÉU?



Astrônomo explica a incidência de fenômenos e a diferença entre os corpos celestes
Carlos Grevi/Vagner Basílio-estagiário

Astrônomo explica a incidência de fenômenos e a diferença entre os corpos celestes

Você já parou para pensar o que anda acontecendo com o nosso universo? São normais tantos relatos recentes de supostos meteoros em distintas partes do mundo? Como se explicam esses fatos que ultimamente estão se tornando mais comuns no dia-dia e despertando cada vez mais a atenção e até mesmo o medo das pessoas?
Após um meteorito deixar 400 pessoas feridas na Rússia na última sexta-feira (15/02), na manhã desta quarta-feira (20/02), a passagem de outro meteoro cruzando o céu do município de Campos, causou grande surpresa e chegou a assustar muitas pessoas que disseram ter visto o fenômeno. Divulgada em primeira mão pelo Site Ururau nesta quinta-feira (21/02), a gravação de um áudio do aeroporto de Vitória com um piloto de uma aeronave, sugere a passagem de até dois. O fenômeno pôde ser visto de Realengo, no Rio de Janeiro a Vitória no Espírito Santo.
O acontecimento causou espanto, medo, além de muita euforia e curiosidade das pessoas que estão mais do que nunca atentas e ligadas a qualquer fato novo vindo do céu.
Segundo o Coordenador do Clube de Astronomia Louis Cruls, o astrônomo Marcelo de Oliveira Souza, vários fenômenos foram registrados em diferentes países nos últimos dias. Além dos citados acima, na última sexta-feira (15/02) houve registros na Califórnia e Cuba. No dia seguinte, sábado (16/02) foi a vez da Espanha e não parou por aí. No último domingo (17/02) tiveram registros na Flórida e na noite desta quarta-feira (20/02), em Caracas.
Apesar da grande incidência de relatos e registros envolvendo meteoros e meteoritos, Marcelo explicou que não há nenhuma explicação concreta até o momento para os últimos acontecimentos.
“A entrada de meteoros é comum tanto que são popularmente chamados de estrelas cadentes, só que estes estão sendo bem maiores e muito brilhantes, observados durante o dia, fato geralmente que não é tão comum, por isso estão se destacando”, disse.
Ainda de acordo com o astrônomo, vários fatores podem ser considerados. “O primeiro que pode ser também uma questão psicológica o que estaria influenciando a aparecer tantos relatos, porque as pessoas agora estão mais atentas a partir do que aconteceu na Rússia. Então isso pode estar chamando mais a atenção e as pessoas estarem relatando com mais frequência o que estão vendo no céu. O outro fator é a comprovação real com a passagem de objetos muito brilhantes que a princípio não têm risco nenhum, porque são objetos pequenos, apesar de estar chamando a atenção, nenhum deles chega aos pés do que aconteceu na Rússia até agora”. 
Marcelo frisou que todas essas últimas ocorrências, possuem um lado muito positivo pede que as pessoas fiquem atentas e reportem seus relatos, pois eles são de extrema importância para a realização de previsões e registros desses fenômenos.
“Isso está sendo até bom para a gente, porque é uma maneira de divulgar a astronomia. Não há risco do impacto de um grande objeto na Terra. Tudo isso que está acontecendo agora é muito semelhante a queda de um meteorito que caiu em Varre-Sai no ano de 2010, quando uma ‘bola de fogo’ foi avistada de vários lugares”, relatou ele explicando que o estudo vai se voltar para o possível local que possa ter caído o meteorito.
As pessoas que tiveram a curiosidade e a vontade de visitar o Observatório e fazerem parte do Clube de Astronomia localizado no Instituto Federal Fluminense (IFF), as visitas estão abertas durante toda a semana, a partir das 19h.
ASTERÓIDE, METEORO OU METEORITO?O astrônomo explica a diferença entre a definição de asteroide, meteoro e meteorito.
“Um asteroide é a rocha quando está vagando pelo espaço. Quando é pequeno a gente chama de meteoroide. Quando eles penetram na atmosfera, ela tenta frear esse movimento e então, ele vai aquecendo pelo atrito. Esse aquecimento faz com que o objeto seja destruído, o que produz aquela luz que as pessoas observam, que na realidade se chama meteoro. Se o objeto for muito pequeno, ele é praticamente todo destruído. Mas se ele for um pouquinho maior, como é o caso desse que passou recentemente, ele não é totalmente destruído e chega um momento que vários pedaços chegam ao solo, que são os meteoritos”, definiu Marcelo.
 

Priscila Chiapin

Fonte ururau


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