Este
episódio aconteceu lá pelas bandas de Minas Gerais e para ser mais preciso bem
no interiorzão. Certo caipira, sofrendo de grave enfermidade, sentia que os
seus últimos dias de vida estavam
chegando. Há muito vinha desconfiado que a sua mulher o estivesse traindo, mas
não tinha provas. Prevendo que não duraria por muitos dias, chamou a mulher e
com a voz muito cansada falou:
olha Zildinha, como você está vendo o meu
estado de saúde, está piorando a cada dia, estou só na pele e no osso, devo
morrer a qualquer momento, mas não quero ir deste mundo, com a dúvida de ter
sido traído por você e levar para o fundo da catacumba esta dúvida. E segurando na mão dela, perguntou:
Onde, quando e quantas vezes você
me traiu? A mulher respirou fundo, engoliu seco e respondeu: Você quer saber
mesmo? Ele respondeu: quero sim. Então ela falou:
Você se lembra, quando você fez
aquela bagunça no boteco do seu Zito, quebrando tudo e a policia levou você
preso? Lembro, lembro sim. Pois é, eu fui até à delegacia e lá só estava o Dr. delegado
Rangel. Conversei, para lhe soltar e ele me respondeu que dependia de mim.
Perguntei como assim? É só a senhora ficar uma hora comigo. Aí eu tive que
ceder e você voltou na mesma noite comigo para casa. Ele ponderou: até aí tudo
bem, você fez para o meu bem.
Ela continuou falando: Você se
lembra quando, você deixou de pagar a pensão da sua filha e foi
preso? Lembro-me sim. Tive que conseguir
um advogado para soltá-lo. Ele usou o mesmo esquema do Dr. Delegado e eu tive
que ceder para ele.
Então ele falou: tudo bem! Mas você só fez isto para me
ajudar, não tem problema não. Foi só? Não. E ele preocupado perguntou: Mais
quantas vezes você me traiu? Ela na maior cara de pau perguntou: Você se lembra
naquela eleição que você se candidatou a vereador e eu era sua cabo eleitoral? Claro que lembro?
Você se lembra quantos votos eu consegui para você? Leeembro!! Foram 1.790 votos, pois é, esta foi a terceira e última vez que o traí.
Você pode morrer descansado, na certeza que eu só traí estas três vezes.
kkkkkkkkkkkkkkk
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