Ministro do Esporte perde a esportiva e 'chuta a canela' de alemão
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Ministro deixou jornalista alemão sem resposta sobre o superfaturamento das obras (Foto: memoria.ebc.com.br)
A 48 horas do início da Copa do Mundo, o estresse começa a tomar conta
de jogadores, técnicos, mas também de dirigentes e autoridades. Todos
estão com os nervos à flor da pele. O ministro do Esporte, Aldo Rebelo,
perdeu a esportiva com um jornalista alemão que questionou os altos
custos dos estádios brasileiros construídos para a Copa do Mundo. Ao ser
indagado se os valores não estavam superfaturados, o comunista
respondeu que as arenas do país "são mais baratas que na Alemanha" e
destacou ainda "a carga tributária alta" do Brasil.
O ministro disse ao jornalista: "Não vá atrás desses números, porque os
números nem sempre correspondem àquilo que atribuem a eles. Os estádios
do Brasil são, na média, mais baratos que os estádios da Alemanha
quando você calcula o preço total dos estádios dividindo pelo número de
assentos", disse o ministro.
Era o caso de perguntar ao ministro - se os números não são confiáveis -
em que deveríamos confiar para termos um parâmetro para avaliar o
superfaturamento, tão evidente em todas as obras brasileiras para esta
Copa?
Rebelo usou de dois artifícios para deixar o alemão sem resposta.
Primeiro, utilizou a estratégia do mau humor, sentindo-se insultado –
mesmo diante de pergunta tão procedente. Em segundo lugar, partiu para
as evasivas, estilo adotado em todas as esferas de Governo para não
responder ao que se pergunta. Ao receber a bomba, o ministro transferiu o
problema para o colo da Receita Federal que é, em última análise, a
responsável pela “carga tributária alta” a que o ministro se refere. Ou
seja, lançou a questão nas malhas de nossa enrolada burocracia.
Na linguagem futebolística, o alemão tentou um carrinho para tomar a
bola na zona do agrião. Mas o craque Rebelo jogou a bola pro mato que o
jogo é de campeonato.
O alemão deixará o Brasil com a certeza de que este não é um país sério.
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