Este gatinho lindo é o Dedé. Ele é assim mesmo, cheio de manias e de charme. Adora
uma brincadeira e fica todo dengoso quando acariciado.
Há mais ou menos um ano, chovia e ventava
muito, aqui em Santa Clara e a noite estava fria demais. Saí no quintal e ouvi
miados de um gatinho novo, que vinham do galinheiro. Fui até lá para conferir,
foi difícil de encontrar de tão pretinho que era o bichinho. Naqueles dias eu
criava cinco pintinhos sem a galinha e dormiam em um caixote com uma lâmpada acesa,
para aquecê-los. Fiquei com o gatinho nas mãos sem saber o que fazer. Na chuva
eu não o deixaria, levar para dentro de casa ficava ruim, pois a Rita, a minha
esposa falou certa vez que dentro de casa o único gato que podia ficar era eu, kkkkk.
E agora? E o bichinho miava e eu dizia: fica quieto para a Rita não ouvir. Tive
uma idéia, vou colocá-lo para dormir junto com os pintinhos e o fiz. Peguei uma
pequena vasilha com leite e pus para ele. No outro dia a Rita descobriu que havia
gato no galinheiro. Falou um pouco e eu prometi que assim que ele crescesse o
soltaria mais distante. Coloquei nele o nome de Dedé e foi ficando. Passados
uns dias já começou a mostrar as unhas. Aparecia no quintal, perto da cozinha,
levava umas broncas, corria e se escondia novamente no galinheiro. Ele
continuou dormindo com os pintinhos e só ficava com eles durante o dia. E
começou a cuidar dos pintinhos. À tardinha, ouvindo os pintinhos piando muito
fui conferir o que estava acontecendo. Incrível, era o Dedé, tocando os
pintinhos para dentro do caixote, onde dormiam. Assim ficou por um bom tempo e
até hoje ele ainda vai para o terreiro brincar com os agora frangos e frangas.
E ele, o Dedé, malandramente e teimosamente foi ficando, ganhou a Rita no
cansaço e até dorme dentro de casa. Onde eu estou ele também está. Se for tomar
banho, lá está ele brincando com a cortina, se estou no computador, fica
dormindo nos meus pés e quando estou almoçando, mia o tempo todo querendo algo.
Por estes dias, nasceram em um ninho de pata, dois pintinhos. Uma galinha
descuidada botou no ninho de uma pata que estava chocando. Eu não vi e daí
nasceram Gugu e guigui. Usei do mesmo esquema, como eram sem mãe, passaram a
dormir dentro do mesmo caixote com uma lâmpada dentro.
Acho que recordando o
seu passado, Dedé adotou os dois. É um cuidado de fazer inveja a muitas mães.
Não os deixa ir para longe, pela manhã a sua primeira visita é ao caixote e
após soltá-los, quem cuida deles é o Dedé.
Impressionante foi neste domingo
(21/10), à tarde, a Rita me chamou e perguntou se eu já havia visto gato dormir
abraçado com pintinhos? Respondi que não. Levantei e fui ver Gugu e guigui,
estavam entre as pernas de Dedé com as cabecinhas escoradas em sua barriga.
Tentei fotografá-los e não consegui. Aí, eu e a Rita ficamos conversando e
chegamos a uma conclusão que atualmente no mundo animal está havendo mais amor
do que entre os seres humanos. Esta não é uma história, é um acontecimento
verídico, aqui da nossa casa.
Um comentário:
Os Animais não possuem a linguagem, o que diferem do homem, mas, no sentimento verdadeiros são imbatíveis.
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