Fracasso brasileiro é visto por Luiz Felipe Scolari como um mero apagão de cinco minutos
Deve ser difícil para todos os brasileiros recordar os humilhantes 7 a 1 logo nos primeiros minutos do dia. Essa volta ao pesadelo logo ao despertar nas manhãs que sucedem o 8 de julho atinge a todos nós, sem exceção - uns mais outros menos. Como diz o ditado, nosso futebol chegou ao fundo do poço. Mas é também quando se atinge o fundo que se toma impulso para subir. Pelo menos é assim nos países sérios, como a Alemanha, por exemplo.
Nelson Rodrigues dizia que a seleção é a pátria de chuteiras. Estava certíssimo. Veja a seleção da Alemanha, por exemplo, com jogadores inteligentes, frios, educados e de boa aparência. Repare - em seguida - nos nossos: atônitos, desequilibrados, descabelados, descoloridos, tatuados e furados – influenciados por nossa educação e estética de gostos duvidosos. Os dois grupos são os retratos de seus países.
A pátria alemã forma um país poderoso, sério, com políticos comprometidos com o desenvolvimento. A pátria brasileira mantém governos envolvidos com a promiscuidade partidária, corruptos e comprometidos somente com o enriquecimento pessoal, como tratou de forma muito apropriada uma matéria do jornal O Globo de ontem.
O fracasso alemão na Eurocopa em 2.000 foi o ponto de partida para uma reestruturação total no esporte daquele país, estabelecendo metas e prazos para voltar à elite mundial. O fracasso brasileiro é visto por Luiz Felipe Scolari como um mero apagão de cinco minutos num trabalho, segundo ele, muito bem estruturado pela CBF, comandada por ninguém menos que o presidente José Maria Marín.
Felipão não reconhece os erros óbvios de organização, de estratégia, de escolha dos jogadores, de preparação e de gestão das coisas do futebol. A bagunça era tamanha que o assessor de imprensa da seleção brasileira, Rodrigo Paiva, agrediu o atacante Mauricio Pinilla da seleção chilena. A desfaçatez era tão grande que se exigiu a suspensão da punição de um cartão amarelo para Thiago Silva – como se as leis do futebol estivessem à nossa mercê.
Tão grave quanto a derrota será a desvalorização de mercado de todo este grupo de jogadores. Segundo especialistas, “o massacre transmitido para o mundo inteiro deprecia o valor de qualquer um”.
É preciso acordar deste sonho ruim. Se o futebol brasileiro busca voltar a conquistar títulos precisa fazer o dever de casa e partir para uma total reestruturação.
Fonte - Jornal 3ª. via
Um comentário:
Eu venho falando com amigos da decadência de nosso futebol desde quando entrou os anos 2000. Vejam os quatro do Rio e de São Paulo. Grêmio Inter...Galo e Cruzeiro é quem vem salvando nosso futebol e olhem lá...se não voltarem como o futebol de várzea que sempre foi a nossa marca, será o fim do futebol que um dia encantou o mundo. Quiseram copiar o europeu, SE FERRARAM.
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