Segundo estudo, pessoas não devem tomar mais de quatro xícaras por dia de chá
Uma pesquisa conduzida por uma equipe da University of Glasgow, na Escócia, descobriu que homens que têm o hábito de tomar chá preto várias vezes por dia estão mais propensos a desenvolver câncer de próstata do que aqueles que não consomem bebida em excesso. A análise foi publicada no periódico Nutrition and Cancer.
O estudo contou com a participação de mais de seis mil pessoas do sexo masculino com idades entre 21 e 75 anos. Todas foram acompanhadas por 37 anos e questionadas sobre os seus hábitos de consumo de chá, café, álcool e cigarro, além de suas condições gerais de saúde. Menos de um quarto dos voluntários eram consumidores regulares de grande quantidade de chá preto. Destes, 6,4% desenvolveram câncer de próstata.
Os resultados da análise mostraram que aqueles que bebiam sete xícaras de chá preto por dia tinham uma probabilidade 50% maior de desenvolver esse tipo de câncer do que aqueles que não tomavam chá. O risco se mostrou maior também quando comparado àqueles que consumiam quatro xícaras de chá por dia.
Segundo o autor do estudo, ainda foi possível observar que os grandes adeptos do chá estavam menos propensos a consumir álcool e terem obesidade. Eles também apresentavam níveis de colesterol mais controlados. Ainda assim, ele reforça que mais estudos são necessários para estabelecer uma relação direta.
Consumir chá preto com moderação pode favorecer a memória
Não à toa, quem adota o hábito segue-o com retidão: o consumo diário de chá preto ou verde é um aliado poderoso da memória. A descoberta acaba de vir à tona com um estudo realizado na Universidade de Cingapura, com 2,5 mil idosos com mais de 55 anos.
Após dois anos acompanhando a rotina dos participantes, os pesquisadores notaram que 65% dos idosos, habituados a tomar pelo menos duas xícaras de chá por dia, mantiveram inalterados os índices de capacidade cognitiva, incluindo a memória e atenção. Já 35% dos participantes, que não bebiam chá, tiveram desempenho inferior nos testes de memória.
A conclusão descarta a interferência da cafeína como aliada da memória. Isso porque o consumo do café, em si, não trouxe os mesmos resultados da ingestão regular de chá verde e preto. Por enquanto, os benefícios das bebidas estão sendo relacionados, principalmente, aos polifenóis (substâncias que contribuem para a saúde do coração e presentes também no vinho tinto e no chocolate meio amargo, por exemplo).
Um aminoácido contido em abundância no chá verde também despertou atenção dos pesquisadores: trata-se da teanina, substância de efeito conhecido contra as doenças degenerativas e relacionada à melhora na capacidade de aprendizagem, concentração e reforço das sensações de prazer ao provocar aumento na produção de serotonina e de dopamina.
Eu também destacaria os efeitos antioxidantes do chá verde , afirma a nutricionista funcional Daniela Jobst, especialista do Minha Vida. Esse tipo de chá é rico em uma substância chamada catequina, que controla a ação dos radicais livres e também diminui os riscos de desenvolvimento das doenças cardiovasculares.
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