Paralisia Infantil é:
É mais comum em crianças (“paralisia infantil“),
mas também ocorre em adultos. A transmissão do poliovírus “selvagem”
pode se dar de pessoa a pessoa através de contato fecal – oral, o que é
crítico em situações onde as condições sanitárias e de higiene são
inadequadas. Crianças de baixa idade, ainda sem hábitos de higiene
desenvolvidos, estão particularmente sob risco. O poliovírus também pode
ser disseminado por contaminação fecal de água e alimentos.
Todos os doentes, assimptomáticos ou simptomáticos, expulsam grande
quantidade de virus infecciosos nas fezes, até cerca de três semanas
depois da infecção do individuo.
Os seres humanos são os únicos atingidos e os únicos reservatórios,
daí a vacinação universal poder erradicar essa doença completamente.
O período entre a infecção com o poliovírus e o início dos sintomas
(incubação) varia de 3 a 35 dias. A descrição seguinte refere-se à
poliomielite maior, paralítica, mas esta corresponde a uma minoria dos
casos. Na maioria o sistema imunitário destroi o virus em alguma fase
antes da paralisia (ver mais à frente).
A infecção é oral e há invasão e multiplicação do tecido linfático da
faringe (tônsilas ou amígdalas). Ele é daí ingerido e sobrevive ao suco
gástrico, invadindo os enterócitos do intestino a partir do lúmen e aí
multiplicando-se.As manifestações iniciais são parecidas com as de
outras doenças virais. Podem ser semelhantes às infecções respiratórias
(febre e dor de garganta, gripe) ou gastrointestinais (náuseas, vômitos,
dor abdominal. Em seguida dissemina-se pela corrente sangüínea e vai
infectar por essa via os orgãos. Os mais atingidos são o sistema nervoso
incluindo cérebro, e o coração e o fígado. A multiplicação nas células
do sistema nervoso (encefalite) pode ocasionar a destruição de neurônios
motores, o que resulta em paralisia flácida dos músculos por eles
inervados.
As manifestações clínicas da infecção são variadas e podem ser descritas em quatro grupos:
Doença assimptomática: mais de 90% dos casos são assimptomáticos, com
limitação efectiva pelo sistema imunitário da infecção à faringe e
intestino. Não há sintomas e a resolução é rápida sem quaisquer
complicações.
Poliomielite abortiva ou Doença menor: ocorre em 5% dos casos, com
febre, dores de cabeça, dores de garganta, mal estar e vómitos, mas sem
complicações sérias.
Poliomielite não-paralítica com meningite asséptica: ocorre em 1 ou
2% dos casos. além dos sintomas iniciais da doença menor, ocorre
inflamação das meninges do cérebro com dores de cabela fortes e espasmos
musculares mas sem danos significativos neuronais.
Poliomielite paralítica ou doença maior: de 0,1 a 2% dos casos. Após
os três ou quatro dias depois dos sintomas iniciais da doença menor
desaparecerem (ou cerca de 10 dias depois de se iniciarem), surge a
paralisia devido a danos nos neurónios da medula espinal e córtex motor
do cérebro. A paralisia flácida (porque os membros afectados são
maléaveis ao contrário da rigidez que ocorre noutras doenças) afecta um
ou mais membros, e músculos faciais. O número de músculos afectados
varia de doente para doente e tanto pode afectar apenas um grupo
discreto como produzir paralisia de todos os músculos do corpo. Se
afectar os músculos associados ao sistema respiratório ou o centro
neuronal medular que controla a respiração subconsciente directamente, a
morte é provável por asfixia. A paralisia respiratória é devida à
poliomielite bulbar, que afecta esses nervos: ataxa de mortalidade da
variedade bulbar é 75%. As regiões corporais paralisadas conservam a
sensibilidade. Se o doente sobreviver alguns poderão recuperar alguma
mobilidade nos músculos afectados, mas frequentemente a paralisia é
irreversivel. A mortalidade total de vítimas da poliomielite paralítica é
de 15 a 30% para os adultos e 2 a 5% para crianças.
O síndrome pós-poliomielite atinge cerca de metade das vítimas de
poliomielite muitos anos depois da recuperação (por vezes mais de 40
anos depois). Caracteriza-se pela atrofia de músculos, presumivelmente
pela destruição no tempo da doença de muitos neurónios que os inervavam.
Com a perda de actividade muscular da velhice a atrofia normal para a
idade processa-se a taxas muito mais aceleradas devido a esse facto.
ATENÇÃO TODOS OS PAIS, NÃO DEIXEM DE LEVAR O SEU FILHO (MENOR DE CINCO ANOS) A UM POSTO DE SAÚDE PARA SER VACINADO.
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