A partir de hoje, postaremos, matérias falando sobre a Hipertensão Arterial | |||||
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A hipertensão arterial (HTA), hipertensão arterial sistêmica (HAS) conhecida popularmente como pressão alta é uma das doenças com maior prevalência no mundo moderno e é caracterizada pelo aumento da pressão arterial, aferida com esfigmomanômetro (aparelho de pressão) ou tensiômetro, tendo como causas a hereditariedade, a obesidade, o sedentarismo, o alcoolismo, o estresse, o fumo e outras causas.[1] Ela ocorre a ativação excessiva de uma proteína chamada de RAC1.[2] Pessoas negras possuem mais risco de serem hipertensas.[3] A sua incidência aumenta com a idade, mas também pode ocorrer na juventude.[4]
Existe um problema para diferenciar a pressão alta da pressão
considerável normal. Ocorre variabilidade entre a pressão diastólica e a
pressão sistólica e é difícil determinar o que seria considerado normal
e anormal neste caso. Alguns estudos farmacológicos antigos criaram um
mito de que a pressão diastólica elevada seria mais comprometedora da
saúde que a sistólica. Na realidade, um aumento nas duas é fator de
risco.[5][6]
Considera-se hipertenso o indivíduo que mantém uma pressão arterial
acima de 140 por 90 mmHg ou 14x9, durante seguidos exames, de acordo com
o protocolo médico. Ou seja, uma única medida de pressão não é
suficiente para determinar a patologia.[1][3] A situação 14x9 inspira cuidados e atenção médica pelo risco cardiovascular.
Pressões arteriais elevadas provocam alterações nos vasos sanguíneos e
na musculatura do coração. Pode ocorrer hipertrofia do ventrículo
esquerdo, acidente vascular cerebral (AVC), infarto do miocárdio, morte súbita, insuficiências renal e cardíacas, etc.[7]
O tratamento pode ser medicamentoso e/ou associado com um estilo de
vida mais saudável. De forma estratégica, pacientes com índices na faixa
85-94 mmHg (pressão diastólica) inicialmente não recebem tratamento
farmacológico.[7]
[editar] Epidemiologia
- O termo prevalência indica o número de doentes em um determinado momento. A prevalência da hipertensão arterial no Brasil foi levantada por amostras em algumas cidades. Estes estudos mostraram uma variação de 22,3% a 43,9% de indivíduos hipertensos conforme a cidade considerada. Pode estimar assim que entre uma a duas pessoas a cada cinco são hipertensas. Em 2004, 35% da população brasileira acima de 40 anos estava hipertensa.[3] Acredita-se que 20% da população mundial apresente o problema.[4]
- A proporção de óbitos por doença cardiovascular no Brasil em 2007, segundo dados do DATASUS, foi de 29,4%. Dentro deste grupo, a distribuição por doença foi como abaixo:[8]
Óbitos por Doenças Cardiovasculares (29,4% do total) | Percentual |
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Acidente vascular cerebral | 31,4% |
Doença isquêmica do coração | 30,0% |
Hipertensão arterial | 12,8% |
Outras | 25,1% |
[editar] Fatores de risco
A hipertensão arterial pode ou não surgir em qualquer indivíduo, em
qualquer época de sua vida, mas algumas situações aumentam o risco.
Dentro dos grupos de pessoas que apresentam estas situações, um maior
número de indivíduos será hipertenso. Como nem todos terão hipertensão,
mas o risco é maior, estas situações são chamadas de fatores de risco para hipertensão. São fatores de risco conhecidos para hipertensão:[8]
- Idade: Aumenta o risco com o aumento da idade.[4]
- Sexo: Até os cinquenta anos, mais homens que mulheres desenvolvem hipertensão. Após os cinquenta anos, mais mulheres que homens desenvolvem a doença.
- Etnia: Mulheres afrodescendentes têm risco maior de hipertensão que mulheres caucasianas.[9]
- Nível socioeconômico: Classes de menor nível sócio-econômico têm maior chance de desenvolver hipertensão.
- Consumo de sal: Quanto maior o consumo de sal (sódio), maior o risco da doença.[10]
- Consumo de álcool: O consumo elevado está associado a aumento de risco. O consumo moderado e leve tem efeito controverso, não homogêneo para todas as pessoas.
- Obesidade: A presença de obesidade aumenta o risco de hipertensão.
- Sedentarismo: O baixo nível de atividade física aumenta o risco da doença.
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