Economia
O município de São Francisco do Itabapoana é o único no Sudeste que
coloca o Estado do Rio de Janeiro no mapa dos Estados produtores de
energia eólica. O projeto ainda é tímido com apenas uma usina na praia
de Gargaú, mas a especulação é que dentro em breve esse número cresça,
pelo menos se depender da vontade do novo prefeito eleito, Pedro Cherene
Júnior. Segundo ele, o trabalho vai continuar para elevar o município
de São Francisco do Itabapoana à condição de Capital dos Ventos, no
Estado. Hoje, o país tem como meta ultrapassar a nova etapa de
competitividade do setor no campo da produção energia através da força
dos ventos, e investir até 2020, mais R$ 40 bilhões.
Essa nova fase, iniciada em 2009, totaliza a contratação de 6,7
gigawatts (GW) de potência, ao preço de R$ 100 por megawatt-hora (MWh), a
nível país.
Os primeiros investimentos em energia eólica no Brasil foram feitos
em 2004, com subsídios do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas
de Energia Elétrica (Proinfa). O objetivo era trazer novas tecnologias e
formas renováveis de produção de energia, entre elas pequenas centrais
hidrelétricas (PCHs), biomassa e eólica. De acordo com especialistas a
energia eólica é a segunda fonte mais competitiva no país.
Números — O investimento feito pela indústria eólica
em todos os leilões realizados no Brasil, entre 2004 e 2011, alcançou
R$ 25 bilhões. O potencial eólico no país soma 300 GW e está
concentrado, basicamente, no Nordeste e no Sul, com destaque para os
estados da Bahia, do Rio Grande do Norte, Ceará e Rio Grande do Sul.
Até 2016, quando entram em operação todos os parques eólicos que
participaram dos últimos leilões promovidos pelo governo federal, o país
terá 8.400 MW de capacidade instalada — que representará investimentos
da ordem de R$ 25 bilhões.
De acordo com o Plano Decenal de Energia, elaborado pela Empresa de
Pesquisa Energética (EPE), a previsão é que a capacidade instalada dos
parques eólicos atinja 16 mil MW em 2020, ou 9% da matriz. Porém, os
números da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) são mais
otimistas. A expectativa da entidade, anunciada em setembro último, é
alcançar 20 mil MW até o fim desta década.
Em Gargaú — A Usina de Energia Eólica — Gargaú
Energia-GESA — ocupa uma área de 500 hectares (equivalentes a 833 campos
de futebol). Cada torre conta com 80 metros de altura e pode chegar a
110 quando uma das pás estiver na posição vertical.
Atualmente a usina conta com 17 aerogeradores, que produzem energia suficiente para abastecer uma cidade de 90 mil habitantes. Outro ponto importante é que já está em finalização dos estudos e com previsão de implantação de mais alguns meses uma segunda unidade de geração de energia eólica na mesma área, o que demonstra o desenvolvimento regional.
Atualmente a usina conta com 17 aerogeradores, que produzem energia suficiente para abastecer uma cidade de 90 mil habitantes. Outro ponto importante é que já está em finalização dos estudos e com previsão de implantação de mais alguns meses uma segunda unidade de geração de energia eólica na mesma área, o que demonstra o desenvolvimento regional.
Novo prefeito pretende manter os incentivos
O novo prefeito eleito de São Francisco do Itabapoana, Pedro Cherene
Júnior conta que o parque de Energia Eólica em Gargaú, que teve o
lançamento da Pedra Fundamental no primeiro semestre de 2008, último ano
da administração do prefeito Pedro Cherene, elevou São Francisco à
categoria de Capital dos Ventos no Sudeste do país, sendo o primeiro a
ser instalado nessa região.
— Sem dúvidas continuaremos incentivando a instalação de empreendimentos desse porte, pois é uma contribuição para a geração de energia limpa e renovável e para que possamos assegurar esse reconhecimento a nível nacional e até mesmo internacional adquirido pelo nosso município — disse.
— Sem dúvidas continuaremos incentivando a instalação de empreendimentos desse porte, pois é uma contribuição para a geração de energia limpa e renovável e para que possamos assegurar esse reconhecimento a nível nacional e até mesmo internacional adquirido pelo nosso município — disse.
Ao contrário do petróleo, a geração desse tipo de energia não gera
royalties para o município produtor da energia. O lucro do município, no
entanto, se dá por meio do Imposto Sobre Serviços (ISS), arrecadado de
forma mais intensa na sua fase de implantação, período em que a economia
local é aquecida com a abertura de várias frentes de trabalho.
— Esperamos que isso se repita com outros empreendimentos que possam
vir e com a ampliação do parque já existente. Hoje, as torres de energia
eólica se tornam, ainda, mais uma atração turística em um município que
tem nesse segmento uma das bases de sua economia — disse o prefeito
eleito.
A Folha da Manhã buscou contato com a assessoria do atual governo, mas não obteve um retorno pa-ra falar sobre o assunto.
No município ainda existia a possibilidade de contruir um novo parque Eólico no distrito de Bom Jardim. Hoje, na área do litoral, o comentário é que o setor imobiliário está procurando novas áreas para a implantação de novas torres de captação dos ventos.
No município ainda existia a possibilidade de contruir um novo parque Eólico no distrito de Bom Jardim. Hoje, na área do litoral, o comentário é que o setor imobiliário está procurando novas áreas para a implantação de novas torres de captação dos ventos.
Fonte - Folha da Manhã
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