segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

DEU A LOUCA NOS BICHOS: PÁSSAROS E CADELA ATACAM EM DEFESA DOS FILHOTES


Veterinário explica comportamento que diferencia domésticos e nativos
Veterinário explica comportamento que diferencia domésticos e nativos
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Depois da história emocionante do cãozinho “Bira” que ficou em frente ao Hospital Ferreira Machado (HFM), esperando a recuperação do seu dono, outros casos interessantes de animais chamaram a atenção. Desta vez, bichinhos não demonstram tanta simpatia, mas se destacam na defesa de seus filhotes.
Numa árvore, em frente ao estacionamento do Ferreira Machado, um casal de bem-te-vis protege o ninho com tamanho afinco que chegam a atacar qualquer aventureiro que ouse se aproximar e puser em risco a integridade dos pequenos filhotes que famintos esperam que o papai e a mamãe lhe tragam comida.
Júlio Barbirato, porteiro da unidade há oito anos, disse que os pássaros têm residência fixa no local e que sempre tiveram uma convivência pacífica, no entanto, de uns tempos pra cá, com a chegada da nova prole, como quaisquer pais defendem com garras e bicos a segurança do ninho. De acordo com o porteiro, dois enfermeiros e um médico já foram “atacados” pelo zeloso casal de pais.

O repórter fotográfico Vagner Basílio também foi atacado pelo menos quatro vezes enquanto tentava fazer o registro dos pássaros.
Já no Palácio da Cultura, uma cadelinha aproveitou a aconchegante estrutura do Teatro de Arena, para em meio às plantas, trazer ao mundo seus filhotinhos. Assim como o casal de bem-te-vis, a cadelinha também defende seu território e põe pra correr qualquer figura ameaçadora que chegue próximo de seus filhinhos.
A Diretora de Patrimônio do Palácio da Cultura, Ondina Oliveira contou que a cadelinha recebe água e comida das pessoas e que assim como qualquer ser humano, não mede esforços para defender a cria. Ela disse ainda que o Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado e isolou a área. Ela ainda fez contato com o Centro de Controle de Zoonozes (CCZ), que deve recolher o animal e encaminhar para a adoção.


O veterinário Carlos Eduardo Parente explicou que o instinto de proteção é comum a todos os animais, mas que isso muda após a domesticação.
“Todo animal, quando faz ninho, quando procria, busca um lugar seguro e a partir do momento do nascimento, aquele território é um território dele e ele vai defender com todas as suas forças. Quando é domesticado ele perde esses instintos e acaba deixando o proprietário colocar a mão, às vezes ajudar no parto, limpar. No caso das aves isso é mais nativo, assim como os cães de rua que não tem apego a nenhum ser humano” finalizou o médico.
 
Ururau

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