Casas e plantações destruídas e homem é preso em missão de posse
Reprodução R7
Propriedades darão lugar ao Distrito Industrial do Açu
Em uma ação conjunta realizada na manhã desta terça-feira (13/03)
Oficiais de Justiça, representantes da Companhia de Desenvolvimento
Industrial do Estado do Rio de Janeiro (Codin), cerca de 60 Policiais
Militares e duas equipes do Corpo de Bombeiros participaram de uma ação
de imissão de posse em três propriedades rurais da localidade de Água
Preta, no quinto distrito de São João da Barra.
Segundo os oficiais a ação aconteceu em propriedades que ainda estão com algum impasse na Justiça.
Nos dois primeiros lotes – com 7,76 e 6,69 hectares respectivamente – os agentes encontraram três casas. Uma desabitada e visivelmente abandonada, outra com materiais de construção dentro que indicavam que o local teria passado por reformas há pouco tempo, e uma terceira com apenas um cômodo e uma garagem, neste último local havia alguns móveis de quarto, ferramentas de trabalho e um carro. No terrenos também eram cultivados eucalipto, maxixe e abacaxi.
O agricultor Marcelo Ribeiro da Silva, chegou ao lote onde trabalhava depois que os policiais já tinham ocupado a área e estavam se preparando para derrubar a casa e destruir a plantação.
“Eu trabalho aqui, vivo daqui. Ganho um salário para tomar conta e o lucro da plantação fica para mim. Com esse dinheiro sustento minha família. Não sei o que vou fazer, perdi o emprego, perdi minha plantação”, disse.
O dono do primeiro terreno, Juarez Alves, chegou por volta das dez horas da manhã e acabou sendo preso pela Polícia por desobediência e resistência. O homem foi encaminhado para a 145ª Delegacia Legal de São João da Barra.
“Quero minha terra de volta para trabalhar e sustentar minha filha! Sou trabalhador!”, gritou já dentro da viatura.
BLOQUEIO DE PASSAGEM
Na segunda propriedade os agentes tiveram dificuldade para entrar, porque amigos e familiares do dono do lote, Antonio Toledo, se recusavam a sair da frente da tronqueira de arame. Mas depois de muita conversa os oficiais conseguiram entrar para listar todos os pertences que existiam no local, os dados vão fazer parte do processo. A tia do produtor, Maria Luiza Silva, passou mal e foi atendida pelos Bombeiros.
Ao cumprir a determinação da Justiça os oficiais deixaram a família retirar pertences e algumas plantações, como coco, ramos de mandioca e cana de açúcar. Os demais objetos retirados das propriedades serão encaminhados para um depósito da Codin em São João da Barra.
No terceiro lote não houve resistência, no local existiam apenas 30 cabeças de gado que foram levadas para a Fazenda Papagaio com ajuda de nove cavaleiros locais.
RESPOSTA CODIN
Segundo a assessoria de imprensa da companhia a primeira fase de desapropriações compreende 23 km2. Nessa área existiam 151 propriedades rurais e apenas 16 famílias residentes, todas já reassentadas no condomínio rural Vila da Terra. Nesse local, as famílias ocupam hoje áreas que variam de dois a dez0 hectares, com casas mobiliadas. Recebem terra preparada para o cultivo e apoio técnico para o desenvolvimento de agricultura. Além disso, as famílias recebem auxilio-produção no valor de 1 a 5 salários mínimos, pelo período de 24 meses.
A Codin informa que não há famílias residentes nas propriedades que estão sendo objeto da ação da Justiça para conclusão do cumprimento das liminares de outorga da posse, relativas à área da primeira fase do projeto de criação do Distrito Industrial em São João da Barra.
Segundo os oficiais a ação aconteceu em propriedades que ainda estão com algum impasse na Justiça.
Nos dois primeiros lotes – com 7,76 e 6,69 hectares respectivamente – os agentes encontraram três casas. Uma desabitada e visivelmente abandonada, outra com materiais de construção dentro que indicavam que o local teria passado por reformas há pouco tempo, e uma terceira com apenas um cômodo e uma garagem, neste último local havia alguns móveis de quarto, ferramentas de trabalho e um carro. No terrenos também eram cultivados eucalipto, maxixe e abacaxi.
O agricultor Marcelo Ribeiro da Silva, chegou ao lote onde trabalhava depois que os policiais já tinham ocupado a área e estavam se preparando para derrubar a casa e destruir a plantação.
“Eu trabalho aqui, vivo daqui. Ganho um salário para tomar conta e o lucro da plantação fica para mim. Com esse dinheiro sustento minha família. Não sei o que vou fazer, perdi o emprego, perdi minha plantação”, disse.
O dono do primeiro terreno, Juarez Alves, chegou por volta das dez horas da manhã e acabou sendo preso pela Polícia por desobediência e resistência. O homem foi encaminhado para a 145ª Delegacia Legal de São João da Barra.
“Quero minha terra de volta para trabalhar e sustentar minha filha! Sou trabalhador!”, gritou já dentro da viatura.
BLOQUEIO DE PASSAGEM
Na segunda propriedade os agentes tiveram dificuldade para entrar, porque amigos e familiares do dono do lote, Antonio Toledo, se recusavam a sair da frente da tronqueira de arame. Mas depois de muita conversa os oficiais conseguiram entrar para listar todos os pertences que existiam no local, os dados vão fazer parte do processo. A tia do produtor, Maria Luiza Silva, passou mal e foi atendida pelos Bombeiros.
Ao cumprir a determinação da Justiça os oficiais deixaram a família retirar pertences e algumas plantações, como coco, ramos de mandioca e cana de açúcar. Os demais objetos retirados das propriedades serão encaminhados para um depósito da Codin em São João da Barra.
No terceiro lote não houve resistência, no local existiam apenas 30 cabeças de gado que foram levadas para a Fazenda Papagaio com ajuda de nove cavaleiros locais.
RESPOSTA CODIN
Segundo a assessoria de imprensa da companhia a primeira fase de desapropriações compreende 23 km2. Nessa área existiam 151 propriedades rurais e apenas 16 famílias residentes, todas já reassentadas no condomínio rural Vila da Terra. Nesse local, as famílias ocupam hoje áreas que variam de dois a dez0 hectares, com casas mobiliadas. Recebem terra preparada para o cultivo e apoio técnico para o desenvolvimento de agricultura. Além disso, as famílias recebem auxilio-produção no valor de 1 a 5 salários mínimos, pelo período de 24 meses.
A Codin informa que não há famílias residentes nas propriedades que estão sendo objeto da ação da Justiça para conclusão do cumprimento das liminares de outorga da posse, relativas à área da primeira fase do projeto de criação do Distrito Industrial em São João da Barra.
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